O Filme Lobisomem (2025) e Meu Livro Lua Cheia (2024)

O Filme Lobisomem

Minhas Impressões Sobre o Filme Lobisomem (2025)

Recentemente, tive a oportunidade de assistir ao tão aguardado filme Lobisomem (2025). Como grande apreciador do gênero e escritor de uma história que compartilha essa mesma temática, minhas expectativas eram enormes.

Desde logo, o filme entrega bons momentos de suspense e horror, com cenas bem construídas e uma atmosfera que remete aos clássicos do gênero. Contudo, saí da sessão com a sensação de que poderia ter sido algo ainda maior.

O Fime Lobisomem e Meu Livro Lua Cheia, O Que Dizer?

A história do filme Lobisomem e a do meu livro Lua Cheia (2024) têm um ponto em comum essencial. Em primeiro lugar, ambas as narrativas abordam essa criatura lendária que, sob a luz da lua cheia, se transforma em uma ameaça letal: a lenda do lobisomem.

Em Lua Cheia, ambientado na pacata cidade de Harpers Ferry, os personagens se deparam com uma fera que espalha terror na Trilha dos Apalaches. Em seguida, a busca pelo assassino se transforma em um confronto entre a humanidade e a besta, explorando não apenas o horror físico, mas também o psicológico. Ademais, no filme, essa dualidade também é trabalhada, contudo, acredito que no livro tive a liberdade de aprofundar ainda mais essa questão.

O Filme Lobisomem e Lua Cheia, O Que Há de Comum?

O tema do lobisomem O texto sempre representou mais do que apenas uma história de terror. Ele revela a dualidade humana e evidencia a constante luta entre a civilização e os impulsos primitivos que todos carregamos. Ivy Jones, uma das personagens centrais de Lua Cheia, expressa essa ideia de forma marcante em uma frase:

“Eu acredito que, lá, no fundo, dentro de cada homem que aparenta ser normal, há um monstro assassino tentando sair.”

Essa reflexão nos faz pensar em como todos carregamos um lado oculto, que reprimimos, mas que pode emergir em determinadas circunstâncias. Esse dilema representa o confronto entre razão e instinto, entre controle e desejo. O filme Lobisomem (2025) explora essa questão ao retratar a maldição do lobisomem como uma manifestação extrema dessa dualidade humana.

A Dualidade Humana e a Besta Interior: Uma Análise Psicológica do Lobisomem

Desde tempos remotos, o tema do lobisomem transcende a mera história de terror. Primordialmente, ele reflete a dualidade inerente à natureza humana, a constante luta entre a civilização e os impulsos mais primitivos que residem em nosso interior. Nesse sentido, Ivy Jones, uma das personagens centrais de Lua Cheia, resume essa ideia de forma marcante ao afirmar que “a besta que nos habita é apenas um reflexo de nossos próprios demônios internos”.

De fato, a figura do lobisomem personifica essa dualidade de maneira visceral. Por um lado, temos o ser humano, com sua racionalidade, moral e civilidade. Por outro lado, temos a besta, que emerge sob a luz da lua cheia, liberando os instintos mais selvagens e incontroláveis. Essa transformação, que ocorre de forma cíclica e inevitável, representa a fragilidade da nossa fachada civilizada e a força poderosa dos nossos desejos reprimidos.

Ademais, a psicologia junguiana nos oferece uma perspectiva interessante sobre o lobisomem como símbolo do “lado sombra” da personalidade humana. Segundo Jung, todos nós carregamos dentro de nós um lado obscuro, reprimido e instintivo, que ele chamou de “sombra”. Essa sombra, que geralmente negamos ou projetamos nos outros, pode se manifestar de formas diversas, e a transformação em lobisomem pode ser vista como uma metáfora para a erupção dessa sombra, que assume o controle da nossa consciência.

Outrossim, a figura do lobisomem também pode ser interpretada como uma representação da nossa luta contra nossos próprios demônios internos. Em outras palavras, a besta que nos habita pode ser vista como uma metáfora para nossos medos, inseguranças, raiva e outros sentimentos negativos que lutamos para controlar. Assim, a história do lobisomem nos convida a confrontar nossa própria sombra, a reconhecer e integrar nossos aspectos mais obscuros, em vez de negá-los ou reprimi-los.

Em suma, o tema do lobisomem é muito mais do que uma simples história de terror. Em verdade, ele nos leva a refletir sobre a complexidade da natureza humana, a dualidade entre o bem e o mal, a civilização e a barbárie, a luz e a sombra. Portanto, ao explorar essa temática, tanto na literatura quanto no cinema, somos convidados a mergulhar em nosso próprio interior, a confrontar nossos demônios e a buscar a integração de todas as partes de nós mesmos.

Indicação de Filme e Livro

Se você gosta de histórias que misturam suspense, terror e reflexões psicológicas, tanto o filme quanto meu livro Lua Cheia são boas indicações. O cinema tem o poder de nos imergir na atmosfera e nos assustar com cenas visuais impactantes, enquanto a literatura nos permite entrar na mente dos personagens e sentir seus medos de forma mais profunda.

Quer Mais Conteúdo Como Este?

Gostou desse tipo de análise? Então, não deixe de se inscrever no blog para mais conteúdo sobre literatura, escrita e histórias de terror!

Deixe um comentário